Dizem que o reggae é a trilha sonora dos usuários. Isso é só um estereótipo. Muitas são as trilhas sonoras. Uma das mais instigantes é o forró.
Fui inventar de levar “Ela” num forró. Dizem que só regueiros gostam “Dela”. Mentira! No mundo do forró “Ela” é super bem-vinda. A mistura “Dela” com Catuaba é uma das grandes maravilhas do mundo.
Depois de provar esta mistura o complicado era dançar. Os poucos passos que eu conseguia fazer eram bem divertidos. Ao menos para mim pareciam. Ver os outros casais dançando também era bem divertido. O ritmo do xote soava como uma sinfonia nordestina em meus ouvidos.
Nas proximidades do banheiro eu sentia o cheiro “Dela”. Tanta gente apreciando e dançando que parecia que estava em Itaúnas. Ô saudade de Itaúnas…
Eu e meu namorado chamamos uma menina que estava sozinha para dividir “Ela” com a gente. Ela como gesto de generosidade, passou a dividir sua habilidade na dança com a gente. Esta menina tinha uma leveza tão encantadora. Parecia que o vento que a conduzia.
Fiquei por alguns instantes apreciando o suor que bailava pela curvas do corpo de nossa nova amiga. Um suor que se misturava com o suor do meu namorado e se fundiam em um só líquido banhando aqueles dois lindos corpos.
“Ela” me inspira a pensar sobre tudo. Neste dia pensei sobre os limites que impomos ao amor. Acreditando que temos a posse de quem amamos nos podamos de viver experiências intensas e inesquecíveis.
Pra que nutrir um sentimento que subtrai se posso desenvolver um amor que multiplica?
Meu nome é fictício, mas as experiências são reais. Não uso este espaço para fazer apologia, e sim, para mostrar o outro lado da questão. Para que o leitor perceba o relato de uma menina que cruzou a barreira do preconceito.